GNV: Reajuste de 7% estabelecido pela Petrobras

No Rio, o repasse vai representar um aumento de 3,33% nos postos de combustíveis

Cegás dá bônus de R$ 1,5 mil para incentivar uso de gás natural em veículos  - Governo do Estado do Ceará

A partir desta segunda-feira, primeiro dia útil do mês, os consumidores vão sentir a diferença no bolso na hora de abastecer o carro, isso porque neste domingo começou a valer o reajuste de 7% sobre o gás natural estabelecido pela Petrobras. No município do Rio, o aumento repassado nos postos de combustíveis foi de 3,33%, enquanto o gás residencial sofreu uma alta de 5,62%, conforme foi informado pela Naturgy, empresa responsável pela distribuição do insumo na região.

Na prática, o GNV que estava custando no mínimo R$ 3,99/m³ deve passar a custar em torno de R$ 4,12 /m³, ou seja, se antes esse consumidor gastava R$ 31,92 para encher um cilindro de 8 m³, agora ele vai passar a gastar em média R$ 32,96, ao considerar a busca pelo menor preço. 

“As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais. A referência para esses ajustes é a cotação dos meses de abril, maio e junho. Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o Real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m³”, informou a companhia.

Segundo nota da Petrobras, o repasse de 7% não representa o aumento a ser percebido pelo consumidor final, já que o preço também é afetado “pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”.

Mais um peso no bolso dos trabalhadores

Apesar de parecer um aumento singelo, para aqueles que trabalham diretamente com o uso do GNV, como motoristas de aplicativo ou taxi, o reajuste representa mais um prejuízo para a categoria. 

“Já estava caro, vai aumentar ainda mais. Neste domingo fiz R$ 130, em cerca de 5 horas trabalhando, o que não significa um bom dia de trabalho. Desses R$ 130, já gastei R$ 60 de combustível, quase metade do que fiz hoje é somente para pagar os custos. Para ter um lucro, vou ter que rodar muito mais e gastar ainda mais com combustível. O problema é que não temos com quem reclamar, temos que acatar e pronto. A gente que precisa disso pra trabalhar só fica triste por depender de algo que estamos sempre de mãos atadas”, lamentou o motorista Thiago Silva. 

Para o motorista de táxi Paulo Roberto, o aumento é insustentável: “Mais uma vergonha dos comandantes do governo, não é possível o gás já estar nesse valor, um preço muito alto. A gente não tem condições de trabalhar assim, toda hora vem um aumento. Outra coisa, por que esses deputados, senadores, não abaixam o salário deles? O auxílio combustível? o povo é que sofre”, desabafou.

Fonte: Jornal “O Dia” – Maria Clara Matturo

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